Você é influenciável?
Por: feØ13

Quando vi o trailer do filme Besouro, deparei-me com um grande filme que iria abordar a cultura brasileira e esperei ansiosamente pelo mesmo. Na época do lançamento li uma crítica em uma revista. Respeitei a opinião deles, mas fiquei com uma mensagem totalmente negativa do filme, a forma com que eles escreveram me passou a seguinte mensagem: Não assista a esse filme! Eles tratam-no como sendo mal produzido e que deixa apenas a promessa de algo bom.
Na primeira oportunidade o assisti e o vi com ótimos olhos. Besouro realmente existiu. Claro, como todo filme tem sua versão, Besouro teve a sua e eu gostei principalmente da maneira que foi transmitida nas telas, trouxeram a história de um herói que começou escrever com sua arte, parte da cultura brasileira.
O que me deixa triste e me faz escrever esse texto é a falta de incentivo para a cultura brasileira, enquanto filmes internacionais são elogiados mesmo sendo ruins, os nacionais são boicotados. Quero deixar claro que não estou aqui falando mal dos filmes internacionais, respeito e inclusive gosto. Os nacionais cheios de sangue e fúria, mesmo mal produzidos, às vezes são elogiados pela crítica, mas os que trazem a essência de nosso País eles não querem que o mundo veja. Porque não mostrar o lado positivo do Brasil?
Por que a crítica tão negativa? Será que é porque o herói não usa armas? Ou talvez porque não mostre mulheres nuas? Talvez por que Besouro tenha sido um capoeirista que lutou pela libertação de seu povo e sua cultura. São coisas que estão na mente de pessoas que talvez não se interessem muito pela cultura e melhora de nosso país e jamais descobriremos completamente o que se passa em suas cabeças.
Temos que deixar transparecer cada detalhe da nossa cultura, fazendo com que as pessoas de fora, possam ver nosso Brasil com outros olhos. O Brasil não é pura violência, puro carnaval ou puro futebol, como é normalmente rotulado. Existe algo muito além do que as pessoas costumam ver e passar a diante,  o comodismo brasileiro me assusta pelo fato de nós mesmos não fazermos nada para que haja uma mudança significativa na qual imprimimos para o mundo!
Esta é minha opinião e como toda opinião tem seu lado pessoal, deixo aqui parte de mim.

Trailer do filme:




VEJA COMO vejo
Por: Jaqueline Zanetti

Assisti ao filme, li a crítica da jornalista Isabela Boscov na revista VEJA e li também o texto do meu amigo raro Fe, que carinhosamente veio expressa-lo aqui, nessa ROTA PSICODÉLICA.

Quanto ao filme;

Ele mostra a integração do personagem principal, Besouro, com a natureza, com a capoeira e com as crenças de seu povo e sua constante luta contra a humilhação e a opressão imposta aos mesmos. É um filme de época, que de certa forma, inova o cinema brasileiro pela ousadia dos efeitos. Filme razoável. Realidade e ficção. Viva a arte e os verdadeiros heróis brasileiros.
A propósito, gostei muito da fotografia do filme, parabéns Christian Cravo!

Link para download  do filme
http://www.megaupload.com/?d=N86KOA0X

Quanto à crítica de Isabela Boscov;

Expor uma opinião é algo que todo ser humano deve fazer, o que não devemos fazer é tentar induzir as pessoas a isso ou aquilo. Quando li o artigo de Isabela Boscov o que senti foi que ela tentava boicotar o filme, que retrata a história desse herói da cultura negra. Não entendi por que e pensei por quais motivos ela faria isso. Continuei sem entender ainda mais quando descobri que ela fez duas críticas positivas a respeito do filme “Dois filhos de Francisco” que em nada é melhor que o filme “Besouro”. Será que é porque não tinha atores globais? Lamentável! Vejam o filme e tirem suas próprias conclusões.

Leia aqui a crítica de Isabela Boscov
http://veja.abril.com.br/281009/problemas-decolagem-p-154.shtml

Quanto à revista VEJA;

Há muito tempo eu queria expor a minha opinião sobre esta revista. Chegou o momento!
Minha antipatia pela revista começou quando li um artigo sobre o Cazuza há seis anos escrito pelos jornalistas Ângela Abreu e Alessandro Porro, que dizia que era discutível a obra de Cazuza e que tinham dúvidas de que ela perduraria. Questionaram sua obra, diminuíram um dos maiores e melhores compositores do Brasil. Depois disso, apenas folheio a revista de traz para frente, mas essa matéria sobre o filme Besouro me fez voltar no tempo e entrar nos mesmos questionamentos daquela época. Por que essa revista faz questão de não valorizar o que verdadeiramente faz diferença nesse País? Porque denegrir a imagem, a história, a arte brasileira? Porque na maioria de suas páginas as únicas coisas que lemos são sobre os políticos e suas politicagens vergonhosas, e as palavras para falar sobre eles são colhidas cuidadosamente para não denegrirem a reputação e a integridade (i) moral desses vilões?
Somos telespectadores desse filme ridículo com o roteiro assinado pela VEJA, e o que revolta é que nesse filme os heróis são tratados como bandidos e os bandidos como heróis, e cabe a cada um de nós, cidadãos brasileiros aplaudir ou protestar no final.

Leia a reportagem sobre o Cazuza
http://veja.abril.com.br/arquivo_veja/capa_26041989.shtml

13 Responses
  1. raoninovaera Says:

    Filme é um tema bastante discutível e deturpado, os gostos são bem variados e as críticas não me importam, somente a minha análise é que basta...
    Qto ao filme Besouro,vi o trailler e estou bastante curioso para vê-lo, me parece ótimo.
    BEijos
    ;];] RAoni Cacique


  2. ✿⊰ Says:

    Não vi o filme...sou suspeita a falar...pra mim o q interessa é o q eu vejo e não o q falam...Qro ver ainda, oportunidade terei pra isso...deve ser mto bom!
    Beijosss


  3. Raoni, voce está certíssimo, temos que ver pra crer. Vale à pena ver o filme sim! Beijo grande!


  4. Eu não vi o filme; mas mesmo assim, acho que deve ser ótimo. Por outro lado, é sempre interessante saber como foi a história real, se houver uma história real, e confrontá-la com a visão que o filme vai nos trazer. Poucas pessoas fazem isso, e acho que seria até um incentivo ao aprendizado e valorização da cultura! ;D


  5. Aci, minha rara...
    Vale à pena conferir...
    Beijo e Força sempre!


  6. Daniel, a história é real e o filme é bem legal, o que acontece é que alguns críticos não valorizam a cultura de nosso País. É muito bom tê-lo por aqui!
    Brilhe sempre!


  7. Jack,
    Tambem sindo essa resistência em dizer que produtos, cultura ou qualquer coisa relacionada ao Brasil é de qualidade.
    Porém como você mesma disse a opnião do individuo deve ser respeitada, e o mais legal é que possamos nos expressar contrária a opniões tambem.
    Parabens pelo blog ;)


  8. Criss, é isso ai! Somos seres pensantes, temos opiniões e elas tem que prevalecer e serem respeitadas...Brilhe Sempre! Beijo.


  9. Lisa Bastos Says:

    Jackie,

    O tema é: ser ou não influenciável. Então vamos lá, eu acredito que todos sejam influenciáveis, o que não quer dizer que isso seja uma coisa ruim. Pra começar, eu assisti ao filme Besouro justamente por ter sido sugestionada. A influencia na minha vida é apenas uma sugestão alternativa para o que eu acredito ou penso. Ou seja, sim, eu sou influenciável.
    Gosto das opiniões alheias, gosto de uma segunda ou terceira visão sob as minhas idéias e ideais, porém, a influencia que absorvo sobre isso não está acima do que sinto, vem apenas para sublinhar, acrescentar ou não àquilo que é próprio de mim. Eu vou sempre pagar pra ver, ainda que, a princípio, eu me sinta tentada a seguir a tendência, quase sempre minha cabeça é o meu guia. O que já não acontece com todo mundo.
    Eu não havia lido nenhuma crítica sobre o filme até assisti-lo. Talvez não o tivesse visto até hoje se não fosse por você ter intimado a Lu e eu a vermos. Primeiro que não me interesso muito por capoeira, depois pelo título não me chamar a atenção, além de que, não tinha nenhum ator conhecido. Então entra a influencia, que nesse caso veio em forma de Jackie, e eis que resolvi dar um crédito ao bendito filme.
    Surpresa! Não é que realmente é um filme interessante?! Não tem a ver só com capoeira como eu pensava, tem muito mais por trás da história. Prendeu minha atenção, envolveu-me. Realmente gostei, principalmente das entrelinhas. É um filme que merece sim elogios. Não é o melhor filme brasileiro que já vi mas é um filme bom.
    O cinema brasileiro tem crescido muito em qualidade e isso tem sim que ser incentivado e merecidamente acentuado. Houve o tempo trash e tudo mas as coisas mudaram bastante e estamos numa safra bem produtiva e sóbria da cultura e temática brazuca. Tem muita coisa nada a ver mas acho que tem muito mais coisas bacanas.
    Parabéns ao cinema brasileiro que tem me surpreendido mais positivamente que negativamente. Espero que tenhamos nesse meio crítico profissionais que, independente de picuinhas e gostos pessoais, possam fazer críticas condizentes com a realidade daquilo que eles estejam comentando, para o bem geral de todos os que se importam com a cultura universal. Precisamos de críticos sérios e neutros para opinar sobre o que quer que seja.
    Parabéns Jackie!! Sempre incitando discussões construtivas e saudáveis.
    Bjusss.


  10. Valeu Sereníssima Lisa Bastos! A idéia é essa, influenciar de maneira positiva e imparcial todas as pessoas que acreditam na cultura e na arte desse País.
    Obrigada por estar aqui...Força Sempre!


  11. Anônimo Says:

    huum..a descriçao do fê aguçou meus olhos e ouvidos..vo assisti...:D


  12. Lunática Says:

    Eu não vi o filme e não li o artigo, receio que minha cultura esteja abaixo da de vcs para poder comentar aqui. Porem, o texto publicado aqui foi escrito por um amigo que admiro muito e faço questão de elogiar o talento dele para escrita e seu bom intelecto.
    Concordo com ele sobre como a imprensa costuma nos rotular, esquecendo do que realmente importa, do nosso povo, da nossa historia e tb o lamento, acho q cabe a nós, "pequenos escritores" mostrar o que é ser brasileiro.
    O texto e o blog estão de parabens, fica ae meo comentario.
    Bye


  13. Ruuuby Says:

    gostei do seu cometário, bastante interessante; pelo nome nunca me deu vontade de assistir nem nada, mais quando li seu comentário e vi o trailer deu até vontade agora de ver rs;
    beijos amor;


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Baseado em um trabalho para o blog Rota Psicodélica.
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    Ora palavra perdida em frases complexas. Ora frase perdida em textos que de hora em hora contestam a amargura que ora para ser encaixada em versos de rimas doces.