“Pra não dizer que não falei das flores”
Algumas pessoas dizem que religião, política e futebol são assuntos que não devemos discutir. Mas em ano de copa do mundo e eleição é impossível ficar alheio a esses assuntos. A copa do mundo passou, acabou, e os sorrisos foram fazer morada em outros rostos, em outro continente.

O mais importante é o que vem por ai. Fazemos parte da miríade de estrelas que se vestem de verde e amarelo. Como não amar este País? Como deixar de acreditar, por mais que seja difícil em seu progresso?

De repente, nos vemos com uma arma nas mãos, nosso voto. Mas, quando paramos para refletir e escolher um candidato descente, nos vemos em um imenso labirinto, cheio de gente despreocupada com o futuro desta incrível nação.

Estão confundindo antigos guerrilheiros com guerreiros, os burgueses estão “apostando” em campanhas mais humildes. Até a televisão está em cima do muro. Logo ela, que manda e desmanda neste país. Um completo caos.

Escolher um lado, um partido, está impossível, porque, analisando calmamente, o que percebemos é que os políticos não estão formando partidos, mas sim, quadrilhas, e o pior, completamente desorganizadas, nem para isso eles têm competência. Pessoas se candidatam sem mesmo saber qual função exercerão, e ainda fazem chacota com a cara dos verdadeiros guerreiros que ainda acreditam que tudo pode melhorar.

Eu acredito em heróis, aliás, os encontro todos os dias, porque heróis, na minha opinião, são pessoas que lutam, que levantam de suas camas e enfrentam a guerra cotidiana em seus empregos, sub-empregos, mendigam dignidade e voltam pra casa ao final de sua jornada de trabalho querendo apenas refúgio, abrigo.

São pessoas humildes, que acreditam, e, mesmo diante de tal situação, como por exemplo, o caos dessa politicagem sem nexo algum, não deixam de ter esperança em um país mais digno, lúcido, justo, honesto. Um Brasil com direitos iguais, com governantes descentes, que tenham vergonha na cara.

Precisamos de políticos que saibam diferenciar qualidades básicas de cestas básicas, que cumpram suas promessas, que tenham bom caráter.

A mesma pergunta de sempre: votar em quem? Eu não sei. Talvez, em nenhum desses que ai estão. Talvez votar em branco, ou não votar. No dia “D” protestar contra a falta de opção, contra a falta de postura e comprometimento que eles têm com o povo brasileiro.

Há tanto por fazer, por falar, é tanta informação negativa sobre os possíveis sucessores políticos desse país, que as ideias embaralham-se como mosaicos lapidados ao contrário.

Não suporto a ideia de que tudo nesse país acabe em samba e carnaval, odeio a expressão tão popular “Jeitinho Brasileiro”, soa tão vergonhosa, como roubar as sobras da própria mãe.

Está na hora de mudar, de crescer, de ter mais vergonha na cara, e que nenhum desses candidatos que aí estão, consiga tirar da gente o orgulho e a coragem que temos, por sermos brasileiros, por sermos heróis do cotidiano, pois somos cidadãos de bem e temos que ser exemplos em todos os lugares que estivermos, por que o exemplo arrasta, diferentemente de palavras e palavras lançadas ao vento. Está na hora de sermos eleitores responsáveis, pensar e repensar nossas atitudes para que esse não seja o princípio do fim do futuro.

Políticos que entendam que líderes são pessoas que guiam o povo para algum lugar, que vão abrindo caminhos, apresentando soluções, para que essa nação possa estar no lugar que é dela por direito: em primeiro no ranking do melhor lugar para se viver no mundo.



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Este é um trabalho de Jaqueline Zanetti e está licenciado por Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Não a obras derivadas License.
Baseado em um trabalho para o blog Rota Psicodélica.
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    Ora palavra perdida em frases complexas. Ora frase perdida em textos que de hora em hora contestam a amargura que ora para ser encaixada em versos de rimas doces.